A activista sarauí está em greve de fome há 26 dias na ilha espanhola de Lanzarote após ter sido expulsa da cidade de El Aaiún, em Marrocos, tudo porque escreveu no documento de entrada que era uma cidadã sarauí.
Aos 42 anos, Aminatu Haidar luta pela independência do Saara Ocidental, causa que lhe valeu 4 anos de prisão na década de oitenta onde foi torturada. À clausura Haidar decidiu juntar uma greve de fome de 50 dias. Em 2005 voltaria a estar detida durante quatro meses por ter participado numa manifestação.
O ano passado Aminatu Haidar foi galardoada com o Prémio Direitos Humanos Robert Kennedy e depois de o ter recebido e regressar a Marrocos acabou por ser expulsa pelas autoridades.
Ao vigésimo-sexto dia de luta, os médicos alertam para o perigo de vida da activista e referem que cada dia que passa é menos um dia que Haidar tem de vida. À medida que os dias vão passando vão agravando-se os sintomas de fraqueza, desde intolerância à luz, dores musculares e ósseas, até tonturas e dificuldade em manter-se em pé.
Actualmente, União Europeia, Estados Unidos e a ONU estão empenhadas em pressionar o Gorverno marroquino para encontrar uma solução para a activista sarauí que afirma querer regressar à região viva ou morta.
Aminatu Haidar luta pela autodeterminação do povo do Saara Ocidental ocupado por Marrocos e exige que a comunidade internacional aplique a lei internacional da autodeterminação à semelhança do que aconteceu com Timor-Leste. O objectivo é que se realize um referendo onde se encontre a Independência como uma das hipóteses de escolha.
Vítor Alvito
Veja em: http://tvnet.sapo.pt/noticias/video_detalhes.php?id=51929
Choca e surpreende esta notícia - Um exemplo de mulher, de coragem e determinação.
Força querida, espero que Deus te ajude a voltar para perto dos teus filhos.